terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

GRUTA NOSSA SENHORA DE LOURDES, SÃO JOÃO DO OESTE-SC

 por Douglas Orestes Franzen


A história da Gruta Nossa Senhora de Lourdes remonta aos primórdios da colonização de São João do Oeste pela importância da estrada Fortaleza que conectava a vila a Sede Capela, principalmente ao porto do Rio Uruguai. Essa era uma rota de passagem de viajantes, tanto de famílias que migravam em direção as novas frentes de colonização no extremo oeste catarinense e mais tarde o Paraná, tanto por transportadores de gado que vinham do Rio Grande do Sul e atravessavam o Rio Uruguai pelo porto de Capela, seguindo pela antiga estrada Cristo Rei.

Ali naquele arroio acabou se tornando um ponto de parada estratégico para essa logística colonial porque havia água fresca para os animais além de um ponto de acampamento propício para viajantes.

Além disso, naquela localidade morava a família Ruschel, que possuía uma ferraria e que era muito importante em caso de manutenção das carroças e mais tarde dos precários caminhões. Albino Ruschel e sua família viveram ali até 1948, quando se mudaram para Itapiranga.

A construção da gruta

Nos anos 1940-1950 o Padre Afonso Hansen S.J.,  percebendo a importância desse local para os viajantes e também para a população da vila São João, teve a ideia de ali construir uma gruta. Assim a comunidade se mobilizou para a sua construção, as crianças recolhiam pedras brilhantes nos leitos dos riachos da localidade e os adultos ajudaram a transportar pedras maiores que foram utilizadas para a construção. Registros dão conta de que a gruta foi construída nos anos de 1952-1953.

A doação do terreno para a construção foi de iniciativa dos irmãos Wagner, que viviam nessa localidade e que não consentiram família. Mais tarde os irmãos deixaram São João e a propriedade no entorno foi adquirida pela família Rasch.

A gruta passou a fazer parte da comunidade católica local, quando eram realizadas procissões até o local, missas ou até mesmo momentos de orações e festividades. O local se tornou um referencial de peregrinação, de preces e pedidos. Os viajantes continuaram a frequentar o espaço, que se tornou muito simbólico. Muitos deles faziam ofertas deixando valores em dinheiro ou até mesmo velas e imagens de santos. Nos primeiros anos eram feitas muitas ofertas em dinheiro, valor que era destinado para a Paróquia São João Berchmans, Diante da precariedade das estradas nos períodos de intensa chuva, no centro da vila São João havia uma cancela no riacho, que era fechada quando a estrada em direção a Cristo Rei ficava intransitável. Muitas vezes essa cancela ficava fechada por dias, assim os viajantes precisavam ficar acampados por ali mesmo, muitas vezes na Gruta Nossa Senhora de Lourdes.

Nossa Senhora de Lourdes

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/nossa-senhora-de-lourdes-/

Intercessora pelos doentes 

A Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Jesus, é, por excelência, santa entre os santos. Nas suas dezenas de aparições reconhecidas pela Santa Igreja Católica está a de Lourdes. A partir dessa aparição, Nossa Senhora, neste título de Lourdes, é invocada por fiéis de várias partes do mundo, que a apresentam situações de saúde, tornando-se assim, a padroeira dos doentes.

Aparição
Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu 18 vezes nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete.






sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Max Kirchmeier - um escultor em Porto Novo

 

Max Kirchmeier imigrou da Alemanha no ano de 1933 pela ameaça da eminente guerra e da tomada do poder pelos nazistas. Ficou órfão muito cedo e foi criado na Alemanha por uma família vizinha. Veio para o Brasil já com 29 anos de idade, chegando a colônia Porto Novo. Casou-se com Regina Düngersleben, filha da família pioneira de Linha Chapéu sendo uma das únicas meninas sobreviventes, visto que sua irmã faleceu no navio na viagem e a outra já no primeiro ano que a família morava em Porto Novo em 1925. Ao casarem foram morar na Linha Presidente Becker quando no período da Segunda Guerra Max foi preso político por seis meses. Regina já com três filhos foi resgatada pelo seu pai que conseguiu pouso para ela e as crianças na casa de Maria Rohde em Sede Capela até que Max fosse libertado da prisão. Depois da guerra fixaram residência na Linha Chapéu onde tiveram cinco filhos.

Max e Regina

Max Kirchmayer era um exímio escultor e artesão, atividade que aprendeu na Alemanha. Era extremamente detalhista e perfeccionista nas suas produções artísticas com madeira. Fabricava esculturas de variadas temáticas como animais e objetos diversos, mas principalmente arte sacra. Atuou como agricultor para garantir o sustento da família, mas essa atividade não lhe era de agrado e tampouco era profundo conhecedor das atividades agrícolas, nunca o fizera na sua juventude na Alemanha. Sua paixão era a arte da escultura (Tischler), produzindo muitas e variadas peças. Em alguns momentos conseguia vender sua arte, mas na maioria das vezes as doava como um gesto benevolente, como foram com as peças hoje presentes na igreja de Linha Chapeu. A cruz no cemitério de Linha Sede Capela, o mais antigo cemitério de Porto Novo, também é obra sua. Suas obras também podem ser encontradas em escultoras hoje dispostas na igreja de Linha Presidente Becker.

 Casamento de Max e Regina


                                                        Max ainda jovem na Alemanha

                                                        Max com amigos na Alemanha



                                                    Max exercendo a arte de esculpir
                                                    Max com amigos na Alemanha
                                                Trabalho comunitário na Linha Chapeu

 

                                                            Obras de Max Kirchmayer

                                                Arte de Max na igreja de Linha Chapeu, Itapiranga-SC



quinta-feira, 27 de junho de 2019

AS IGREJAS E SUAS HISTÓRIAS: IGREJA MATRIZ DE TUNÁPOLIS

 


por Douglas Orestes Franzen e Marciele Wilbert

TUNAS promete grande futuro... Diariamente vem e vão pessoas que querem comprar terra ou já compraram, toda hora se escuta o barulho das árvores caindo onde as pessoas abrem suas roças. (Memórias de Emílio Bieger, 1952)


É com as palavras de Emílio Bieger que introduzimos nossa reflexão da representatividade da Igreja Matriz da Paróquia Santíssima Trindade de Tunápolis. Foi a primeira igreja com arquitetura modernista de Porto Novo e isso é muito significativo para o contexto histórico local. A igreja representou o sentimento progressista que contagiou a colônia a partir da emancipação de Itapiranga em 1954, um sentimento de prosperidade, de um futuro promissor e pujante que pairava sobre a comunidade. Tunápolis nesse contexto representou a fronteira agrícola da colônia a ser explorada, desbravada e civilizada.
Tunas se desenvolveu com base nos padrões da colonização Porto Novo, colonizada por alemães católicos. Historicamente teve manifesta desde o início da colonização a preocupação com o espaço comunitário, um local onde as famílias pudessem se reunir para expressar a religiosidade. De maneira geral, religião e educação fundiam-se na dinâmica social e cultural. Essa situação repetia-se como um padrão na maioria dos centros comunitários das vilas, primeiro em função da religião, e segundo em função do espirito comunitário e cultural.
Vila Tunas, com a igreja em madeira em segundo plano. Fonte: Pref. Tunápolis

As edificações de caráter coletivo, como igrejas, escolas e centros comunitários eram construídas em sua maioria com o trabalho voluntário das famílias, em alemão denominado de Frohnarbeit. O trabalho voluntário e coletivo foi uma expressão cultural local. Essa condição estendeu-se também a organização política e religiosa, espaços públicos como igrejas, por exemplo. Essas obras de interesse coletivo eram construídas em conjunto, cada família auxiliava com materiais construtivos, donativos em moeda ou espécie, além de muitas horas de trabalho braçal. Essa era uma maneira de, em meios às dificuldades do processo colonizador, promover o desenvolvimento da colônia através de uma coesão social e cultural liderado pela Igreja Católica, que caracterizou grande parte da dinâmica histórica local.
Construção da Igreja-Escola, com estrutura em madeira. Fonte: Pref. Tunápolis

Igreja em madeira sendo desconstruída. Fonte: Pref. Tunápolis

Em Tunas a primeira missa foi rezada em 21 de Setembro 1951, nos primórdios de colonização quando ainda não havia uma igreja edificada. Moravam na vila em torno de 50 pessoas. Em maio de 1953 iniciou-se a construção da primeira igreja, toda em madeira, onde também funcionou a primeira escola sendo escolhida a Santíssima Trindade como sua padroeira. A simbologia da Santíssima Trindade é manifesta pelo componente espiritual e também por um componente geográfico, pois ao centro da vila confluem três riachos que dão à comunidade católica a sua denominação e simbologia de união.  
No inicio dos anos 1960 já se manifestava na comunidade a necessidade de construção de uma nova igreja, sendo realizada naquele mesmo ano uma festa popular com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para a construção. No ano seguinte, cada família forneceria a contribuição de um porco como forma de angariar capital para a construção. Foram as primeiras manifestações em prol da construção da nova igreja que só se concretizaria em 1976.
            Em 05 de setembro de 1971 reuniram-se os sócios da comunidade e representantes dos setores da indústria, comércio e agricultura para eleger a comissão que organizaria o projeto e a execução da nova igreja. A comissão ficou assim formada: Arnoldo Eidt- presidente, Egon Berger-tesoureiro e Waldomiro Frantz-secretário.
            O projeto da nova igreja foi elaborado por Emílio Benvenutto Zanon, artista autodidata conhecido por conceber obras no campo da arquitetura religiosa, arte vitral e restaurações. Zanon realizou inúmeras pinturas e croquis arquitetônicos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Para coordenar a execução da obra e organizar o orçamento foi contrato o mestre de obras Adão Thomas e o Padre Vigário Wunibaldo Steffen para auxiliar na gestão dos recursos financeiros e administrativos.
            Por ser artista autodidata o projeto feito por seu Emílio não apresentava as instalações elétricas, sanitárias e de cobertura, um desafio para a comissão, que após diversas negociações contratou o construtor José Pedro Ott para executar os serviços da cobertuta da igreja e seus acabamentos. Assim em Maio de 1972 iniciou-se a construção da nova Igreja.
             Para a execução da obra foram organizadas 10 equipes de trabalhadores voluntários da comunidade católica. O processo de execução foi extremamente conturbado em função das dificuldades de contato e pela pouca participação de Emilio Zanon na obra. De qualquer forma, Zanon ficou responsável pelo levantamento das paredes semi-ocas; fundir e colocar os elementos vazados e os respectivos vitrais; fazer o contrapiso de tijolos rejuntados e as escadarias de acordo com o projeto. As plantas da mobilia da plateia e do altar também foram de sua autoria, bem como a pintura do altar.
            Em Abril de 1974 iniciou-se a colocação do telhado, a obra começava a tomar forma, mas apenas em 1976 ela foi totalmente finalizada com a colocação do piso e do forro. Em Outubro daquele mesmo ano o Bispo Dom José Gomes benzeu e inaugurou a nova igreja. Paralelamente à construção da igreja, a Vila Tunas foi elevada à categoria de Paróquia Santíssima Trindade no ano de 1970.

O projeto e sua dimensão arquitetônica
Como já citado, a autoria do projeto original da nova igreja foi do Senhor Emilio Benvenutto Zanon, que o ilustrou à mão. O detalhamento do projeto original não consta no arquivo da Paróquia e por isso, recentemente um escritório de engenharia local foi contratado (Bordô Engenharia) para efetuar o levantamento e criou a planta virtual através de um software. Através das plantas é possível identificar as principais formas, o destaque dos vitrais nas fachadas e o significativo pé direito.
Croqui feito por Emílio Zanon

Na fachada frontal o programa é composto por uma marquise que se conecta com o volume lateral da edificação em justaposição ao volume angular superior. A combinação de formas e volumes é um dos artifícios plásticos da arquitetura moderna
            Ao analisar a edificação na sua composição arquitetônica podemos perceber características do movimento moderno. O primeiro a destacar é a platibanda na cobertura, aspecto que proporciona uma estética singular para a edificação. O segundo elemento é a volumetria que alterna planos e superfícies curvas com traços retilíneos e angulares. A volumetria curva é um elemento muito presente na arquitetura modernista, onde a sinuosidade das formas representa uma composição arquitetônica peculiar.
A arquitetura religiosa modernista se caracteriza de maneira geral por uma ruptura formal, material e programática com fortes traços de uma arquitetura racionalista. A possibilidade da construção de igrejas católicas em arquitetura modernista se tornou possível somente a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965). "Do ponto de vista formal, o racionalismo e o funcionalismo reduzem a arquitetura a seus elementos essenciais, organizando-se basicamente através de uma retícula horizontal e outra vertical, que proporciona uma composição simples e clara, repudiando o ornamento e suas atribuições simbólicas. A ênfase recai sobre a abstração da forma, manifesta nas estruturas, nos elementos e formas geométricas puras" (Lima Júnior, 2016, p. 21)
"Geralmente são construções de alvenaria, com estrutura e lajes em concreto, a forma é reduzida a volumes geométricos mais abstratos e elementares. Os materiais como o vidro, ferro e compensados de madeira substituiriam grossas e pesadas paredes. A busca por uma relação entre interior e exterior através dos panos de vidro é explorado nos partidos cada vez mais fluidos" (MARTINS, 2015, p. 153).              
No ambiente interno é preciso destacar a preocupação com a planta livre no sentido de proporcionar uma ambientação mais unificada para os fiéis, no sentido de promover um ambiente mais singular e aproximar os fieis do altar. A planta circular favorece a compreensão de que não há diferenciação espacial dentro do templo, aspecto que fortalece princípios cristãos de igualdade e comunhão e na liturgia, elemento muito representativo no contexto do Concílio Vaticano II, quando a igreja sente a necessidade de se adaptar aos novos tempos, aos desafios da modernidade. Nesse sentido, concebe novas formas de arte religiosa e adequa sua liturgia abandonando gradativamente a exigência do latim na celebração.
A planta circular foi utilizada em variados momentos da história da arquitetura, como manifestação simbólica e ritualística, tendo muita aceitação em templos religiosos desde a antiguidade. Para o catolicismo a forma circular também possui um valor simbólico significativo desde os primórdios do cristianismo, desde a liturgia com o ritual da óstia sagrada que simboliza o Corpo de Deus, até o conjunto da Santíssima Trindade, formado por três círculos que se intersetam.
Os vitrais refletem uma característica marcante da fachada. Externamente eles formam um mosaico policromático. No interior da igreja a cor dos vidros é refletida para o piso e paredes através da claridade da luz externa.
Outro detalhe que é importante destacar são os pilares que sobressaem do volume secundário da edificação. Eles constituem um detalhe marcante na fachada e configuram o ambiente interno, ali foram inseridas janelas tipo basculantes com vitrais colorido.
Os cobogós empregados na platibanda da cobertura, também são caracterizantes nas fachadas, é importante ressaltar que os vitrais nas fachadas e nas janelas e os cobogós foram moldados e executados pelo autor do projeto. O cobogó é um elemento muito utilizado na arquitetura modernista brasileira pelo seu potencial de conforto térmico.
A pintura do altar representa a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. De significativa relevância para o conjunto arquitetônico, a pintura está representada na parede curva e simboliza a convergência do ambiente interno da Igreja.
O telhado é formado por um conjunto de treliças metálicas, que dão sustentação à cobertura. Com a cumeeira ao centro, a inclinação das águas ocorre para as laterais em direção à platibanda.
Considerando a época em que foi projetada e os recursos técnicos que existiam quando da sua construção, a igreja marcou um período importante na história do município de Tunápolis. Construir uma edificação contemporânea em estilo modernista em uma localidade essencialmente ruralizada foi com certeza um grande desafio, aspecto que exponencializa a igreja na sua relevância patrimonial.  A igreja deve ser concebida pela comunidade tunapolitana como um referencial para a paisagem e simbologia histórica, aspecto que qualifica o espaço e agrega valor de identidade para a comunidade local.
Planta baixa técnica, em formato circular. Fonte: Paróquia Santíssima Trindade

Corte longitudinal lateral. Fonte: Paróquia Santíssima Trindade

Detalhe dos vitrais policromados

Perspectiva do alter

Corte transversal frontal. Fonte: Paróquia Santíssima Trindade



Tunápolis com destaque para a localização centralizada da Igreja

Referências
LIMA JUNIOR, Márcio Antônio. O traço moderno na arquitetura religiosa paulista. 368 p. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016.

MARTINS, Jorge A. R. Arquitetura religiosa após Concílio Vaticano II: adequação do espaço celebrativo ao rito litúrgico – o caso do Alto Minho. 476 p. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Escola Superior Gallaecia. Portugal, 2015.


terça-feira, 12 de março de 2019

Telhado Capacete Renano (Rheinisch Helm ou Rhombendach)




por Douglas Orestes Franzen
Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Uceff Itapiranga

O telhado renano consiste numa composição cumeira formada de quatro losangos irregulares com dimensões iguais, sustentado por quatro frontões que encimam a torre da Igreja. É um padrão arquitetônico muito utilizado em Igrejas de arquitetura românica, muito comum na região da Renânia na fronteira entre Alemanha, Suíça e França e Holanda, às margens do Rio Reno, principalmente no território sob predomínio do catolicismo. É também a região do Hunsrück, origem de muitos imigrantes alemães que imigraram para o Brasil.

Essa é uma manifestação arquitetônica característica de uma região, técnica empregada para criar uma identidade regional no período feudal europeu. Na Alemanha, região da Renânia-Palatinado (Rheinland-Pfalz), podemos encontrar esse formato de telhado na Catedral de Speyer (Speyer, Alemanha) na Igreja St. Kastor (Koblenz, Alemanha) na Mariendom (Andernach, Alemanha), na Igreja de Münster (Roermond, Alemanha), Herz Jesu Kirche (Koblenz, Alemanha).
Catedral de Speyer (Speyer, Alemanha)

Mariendom (Andernach, Alemanha)

Abadia Maria Lach (Região de Eifel, Alemanha)
Abadia Maria Lach (Região de Eifel, Alemanha)

Herz,Jesu-Kirche, (Koblenz - Alemanha)

Em Porto Novo, região com forte ocorrência da imigração alemã no Oeste de Santa Catarina, podemos encontrar várias igrejas com esse padrão de torre sineira (Turm). A Igreja da Paróquia São João Berchmans de São João do Oeste (em madeira), na Igreja de Linha Beato Roque em São João do Oeste (em alvenaria), na Igreja de Linha Popi em Itapiranga (em madeira).
Igreja de Beato Roque, São João do Oeste

Igreja de Beato Roque, São João do Oeste

Igreja de Linha Popi, Itapiranga-SC


Estrutura da Igreja Linha Popi, com detalhe da estrutura das torres.
Igreja de São João do Oeste-SC

Igreja de São João do Oeste, quando da sua construção na década de 1950.

Perspectiva da Igreja de São João do Oeste-SC

É a arquitetura que se manifesta no espaço e cria uma identidade histórica e patrimonial. A arquitetura possui essa dimensão simbólica de conectar a história ao presente, de aproximar diferentes regiões. São essas dimensões do patrimônio que precisam ser consideradas nos debates acerca da preservação da identidade histórica, da cultura, do turismo, do desenvolvimento regional.