Loja Schoeler, São João do Oeste, em 1956. Foto: Casa da Cultura. |
A
casa comercial possui uma representatividade histórica e simbólica em grande
parte das frentes colonizatórias do Sul do Brasil. A figura do comerciante e
seu papel no desenvolvimento dos projetos de colonização e de formação das
zonas de ocupação, é de considerável relevância na formação das identidades
regionais e no desenvolvimento das atividades comerciais e produtivas,
principalmente nas regiões de colonização teuto e ítalo-brasileira. A casa
comercial desempenhou um papel significativo na paisagem urbana e rural dos
núcleos coloniais.
Comercial Schoeler,
Sede Capela, interior de Itapiranga. Edificação construída em 1928. Foto:
Simone Eidt. Fonte: >http://www.25dejulho.org.br/2013/09/itapiranga-pela-otica-de-simone-edit.html>. Acesso em 07/08/2017
|
Na
região de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis (antiga Colonização Porto
Novo fundada em 1926), as casas comerciais são simbólicas possuem
representatividade arquitetônica na paisagem local.
Os
comerciantes foram influentes no desenvolvimento da colônia Porto Novo, porque
representaram a perspectiva de desenvolvimento econômico através da geração de
divisas financeiras, uma espécie de excedente monetário produzido através da
comercialização dos produtos de valor comercial produzidos pelo colono. Da
mesma forma, foram os comerciantes que ofereciam em troca de dinheiro ou de
produtos coloniais, a matéria prima de consumo necessária para a sobrevivência
da colônia e que não poderia ser produzida nas propriedades da região.
Casa comercial em Itapiranga, década de 1940. Fonte: Museu Comunitário Almiro Mueller. |
Comerciante na Vila São João, 1949. Foto: Casa da Cultura |
A
casa comercial é um referencial de memória e de identidade da formação
histórica local. Muitas edificações já foram demolidas, mas outras ainda estão
presentes no cenário local desempenhando um papel de memória patrimonial considerável.
Vila São João em 1953. Foto Casa da Cultura, |
Nenhum comentário:
Postar um comentário